domingo, 27 de setembro de 2009

Nova cidade, nova universidade, novo ciclo de treinos!!

Me mudei pra Paris. Novo semestre no mestrado e estou curado (assim espero) de uma síndrome do trato ílio-tibial que me deixou sem correr desde maio.

Tentando sempre manter a positividade, estou encarando o fato de viver afastado do centro da cidade como uma ótima oportunidade pra treinar mais, aprender francês e, por que não, até estudar mais!

Com relação aos treinos, depois de fazer um monte de cagadas no inicio do ano, resolvi fazer tudo como mandam os livros e revistas do tipo "você pode ser um balofo sedentário, mas complete seu primeiro triathlon em 12 semanas".

Cansei de ficar lesionado, então vou apelar pra todas as mandingas possíveis e imagináveis. Musculação, alongamento e um início com volume bem baixo e com 1 semana regenerativa após cada 3 fortes.

Vou tentar focar também na parte mais técnica para me tornar um atleta mais completo. Trekking na neve e pedal no frio, por exemplo, não podem ser treinados no Brasil, então a hora é agora! Escalada e natação estão nos meus planos, já que será difícil continuar com o kayak aqui em Paris.

Meu objetivo pro próximo semestre é manter um bom condicionamento nos outros esportes, e concentrar-me na corrida, a fim de encarar, em janeiro, a Ultra Trail Blanch Font Romeu, prova de 51km, 2200+, e muita neve, realizada nos Pirineus franceses.

Uma palhinha do que é a prova:

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Seguindo viagem


Depois do ócio em Ibiza me mandei para a incrível Barcelona. Que cidade! Se eu já gostava de lá no inverno, o verão me mostrou porque tantos amigos que foram para lá estudar resolveram não voltar. Cosmopolita, culturalmente efervescente, e com uma vida noturna que soá termina depois do sol já ter despontado, ainda apresenta uma “cultura da praia” muito parecida com o Rio, com a vantagem do topless liberado (e praticado!).

De Barça, tomei um ônibus noturno com direção a Biarritz, meca do surf na França. Mas dei azar e o mar estava pequeno, então resolvi seguir com o paddle surf, agora sim com as tão sonhadas marolinhas. Nesse caso a coisa se complica bastante, e foi necessário algum tempo até pegar o equilíbrio num mar mexido. No final, como diria o Rico de Souza, rolou uma brincadeira!


Nos dois últimos dias o mar deu uma balançada e lá fui eu matar um pouco da saudade daquela paz de espírito que só se encontra numa mistura perfeita entre você, o mar, a areia, as ondas, a prancha e o sol.

domingo, 20 de setembro de 2009

Musica da boa

Para justificar a parte musical do subtítulo do blog, seguem duas recomendações extraídas diretamente do Montreux Jazz Festival, ambos coisa fina... e pra melhorar um pouco, estão em parceria em diversas músicas.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Teste Sapatilha Gaerne


Em julho testei a sapatilha de mtb Gaerne GBS pro site www.pedal.com.br
O resultado vocês vêem clicando aqui.

Crédito desta e das outras fotos para o grande Pedro Cury!



domingo, 6 de setembro de 2009

Ciclismo: Europa x Brasil

Dentre muitas, uma coisa que me deixa realmente embasbacado nessa minha experiência na Europa é o poder da bicicleta aqui.


A primeira diferença é que não sou considerado um alienígena por utilizar a magrela nas suas diversas funcionalidades: meio de transporte urbano, opção para pequenas (ou grandes) viagens e ferramenta para treinos esportivos.


Num mesmo dia pude observar como esses três usos são normais por aqui. Só para citar os casos mais extremos, enquanto ia de Genebra a Lausanne pude ver uma executiva em roupa social pedalando no meio (!!!) da ponte mais movimentada da cidade sem ouvir uma buzina ou um ‘sai da frente, maluca’ sequer.


Pouco depois cruzei com vários ciclistas treinando na estrada em plena 2a feira as 2 da tarde.


E, para finalizar, já em Lausanne, ultrapassei uma família inteira carregando quase que a casa toda no bagageiro de suas bicicletas. E não estou falando de pai, mãe e um filho adolescente... eram os progenitores, 3 filhas que deviam ter entre 13 e 16 anos, e um moleque que não passava dos 11!!!


Devo ressaltar que fiz todo esse percurso com uma bike alugada, cujo aluguel custa ZERO francos, parte de um programa de incentivo a pedaladas da prefeitura de Genebra.


Esse tipo de programa está brotando como capim em todos os lados aqui na Europa, e é uma pena que no Brasil estejamos tão atrasados nesse assunto.


O ciclismo como esporte de massa é outro tema que merece um comentário.


Enquanto no Brasil a resposta mais provável a um comentário sobre a mais importante competição ciclística do mundo fica entre um ‘Tour de que???’ e um ‘Lance quem??’, por aqui o resumo da etapa do Tour de France passa diariamente na TV do Metro.


E não me refiro apenas ao povo, digamos, esportivamente ignorante (aparte o futebol, é claro, do qual todos somos experts). Nos cadernos de esportes dos jornais brasileiros, achar uma notinha sobre o Tour é difícil. Encontrar uma reportagem com foto, então, é um feito comparável a ganhar uma etapa de montanha escapado!


Aqui, os jornais põem chamadas enormes na 1a página, com uma imagem do êxtase do vitorioso na hora de cruzar a linha de chegada, e a multidão vibrando enlouquecida com aquele momento.


Tive a curiosidade de contar. Na Suíça, numa 5a feira, eram seis canais, de um total de 19, transmitindo ao vivo o Tour de France.


É, infelizmente, parece que ainda temos que dar muitas voltas nos pedivelas até que o ciclismo no Brasil possa tirar as rodinhas e pedalar livremente.