segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Comercial ADIDAS

Acho que representa bem o espírito da maioria dos leitores desse blog.

http://www.youtube.com/watch?v=ZryXqYAeNd0&feature=player_embedded

sábado, 10 de outubro de 2009

Pedal no Sul da França (parte I)

Continuando os relatos sobre minhas prolongadas férias, é chegada a hora de voltar um pouco aos esportes e registrar aqui a bike trip que fiz com a Sandrinha pelo sul da França.

Saímos de Barcelona num onibus com direcão à Montpellier, nosso ponto de partida dos 600 km até Nice. Pra variar, problemas para embarcar as magrelas que, por sorte, ao final foram resolvidos.


No dia 1 fizemos o trecho Montpellier - Nimes, e já decidimos logo voltar para a beirada do Mediterrâneo, tamanho o calor que fazia. Como todos sabem, não há nada melhor que um bom mergulho pra renovar as forças num longo dia de pedal calorento...

Assim, no dia seguinte, seguimos rumo sul pelo Parc Naturel de Camargue, onde passariamos também o terceiro dia, cruzando o parque na direção oeste-leste. Sem dúvida um lugar especial, como se pode conferir nas fotos abaixo.


Nesses dois dias pudemos conferir de perto as manadas de búfalos e os bandos de flamingos que, unidos a uma paisagem impressionante e a um por-do-sol espetacular, já teriam feito a viagem valer a pena!


Passamos a 3a noite acampados na praia de Piemanson, que parece ser um dos últimos lugares em que se permite o camping selvagem na França, se é que se pode chamar um lugar tomado por mais de 200 motorhomes de selvagem...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Plano B (ou seria o A?)


Tudo bem, é mentira, eu admito. Mas só pela metade...

Querer estabelecer como meta terminar uma prova, sem ter nem um tempo, um pace, uma colocação na cabeça eu admito que é tentar enganar a vocês (e a mim mesmo).

Então vamos abrir o jogo: é claro que meu objetivo primeiro é mesmo apenas terminar a Ultra Blanch, o que para mim já é um feito considerável.

Mas digamos que tudo de certo, que eu encaixe bem os treinos, que meu joelho não grite... e aí????

Aí que eu já começo a sonhar alto demais e me ponho a almejar repetir a foto abaixo.



Explicando: essa foto foi feita no Multisport Brasil 2008. Eu sou o do meio, de laranja, e essa da direita, de boné branco, é a Fernanda Maciel, 2a mulher na Ultra Blanch 2009 e, faz pouco mais de 1 mês, ganhou (!!) a Ultra do Mont Blanc 106km.

Se eu conseguir repetir o feito do ano passado e aguentar 1 hora de prova com ela, aí sim estarei com meus objetivos mais que cumpridos.

domingo, 27 de setembro de 2009

Nova cidade, nova universidade, novo ciclo de treinos!!

Me mudei pra Paris. Novo semestre no mestrado e estou curado (assim espero) de uma síndrome do trato ílio-tibial que me deixou sem correr desde maio.

Tentando sempre manter a positividade, estou encarando o fato de viver afastado do centro da cidade como uma ótima oportunidade pra treinar mais, aprender francês e, por que não, até estudar mais!

Com relação aos treinos, depois de fazer um monte de cagadas no inicio do ano, resolvi fazer tudo como mandam os livros e revistas do tipo "você pode ser um balofo sedentário, mas complete seu primeiro triathlon em 12 semanas".

Cansei de ficar lesionado, então vou apelar pra todas as mandingas possíveis e imagináveis. Musculação, alongamento e um início com volume bem baixo e com 1 semana regenerativa após cada 3 fortes.

Vou tentar focar também na parte mais técnica para me tornar um atleta mais completo. Trekking na neve e pedal no frio, por exemplo, não podem ser treinados no Brasil, então a hora é agora! Escalada e natação estão nos meus planos, já que será difícil continuar com o kayak aqui em Paris.

Meu objetivo pro próximo semestre é manter um bom condicionamento nos outros esportes, e concentrar-me na corrida, a fim de encarar, em janeiro, a Ultra Trail Blanch Font Romeu, prova de 51km, 2200+, e muita neve, realizada nos Pirineus franceses.

Uma palhinha do que é a prova:

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Seguindo viagem


Depois do ócio em Ibiza me mandei para a incrível Barcelona. Que cidade! Se eu já gostava de lá no inverno, o verão me mostrou porque tantos amigos que foram para lá estudar resolveram não voltar. Cosmopolita, culturalmente efervescente, e com uma vida noturna que soá termina depois do sol já ter despontado, ainda apresenta uma “cultura da praia” muito parecida com o Rio, com a vantagem do topless liberado (e praticado!).

De Barça, tomei um ônibus noturno com direção a Biarritz, meca do surf na França. Mas dei azar e o mar estava pequeno, então resolvi seguir com o paddle surf, agora sim com as tão sonhadas marolinhas. Nesse caso a coisa se complica bastante, e foi necessário algum tempo até pegar o equilíbrio num mar mexido. No final, como diria o Rico de Souza, rolou uma brincadeira!


Nos dois últimos dias o mar deu uma balançada e lá fui eu matar um pouco da saudade daquela paz de espírito que só se encontra numa mistura perfeita entre você, o mar, a areia, as ondas, a prancha e o sol.

domingo, 20 de setembro de 2009

Musica da boa

Para justificar a parte musical do subtítulo do blog, seguem duas recomendações extraídas diretamente do Montreux Jazz Festival, ambos coisa fina... e pra melhorar um pouco, estão em parceria em diversas músicas.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Teste Sapatilha Gaerne


Em julho testei a sapatilha de mtb Gaerne GBS pro site www.pedal.com.br
O resultado vocês vêem clicando aqui.

Crédito desta e das outras fotos para o grande Pedro Cury!



domingo, 6 de setembro de 2009

Ciclismo: Europa x Brasil

Dentre muitas, uma coisa que me deixa realmente embasbacado nessa minha experiência na Europa é o poder da bicicleta aqui.


A primeira diferença é que não sou considerado um alienígena por utilizar a magrela nas suas diversas funcionalidades: meio de transporte urbano, opção para pequenas (ou grandes) viagens e ferramenta para treinos esportivos.


Num mesmo dia pude observar como esses três usos são normais por aqui. Só para citar os casos mais extremos, enquanto ia de Genebra a Lausanne pude ver uma executiva em roupa social pedalando no meio (!!!) da ponte mais movimentada da cidade sem ouvir uma buzina ou um ‘sai da frente, maluca’ sequer.


Pouco depois cruzei com vários ciclistas treinando na estrada em plena 2a feira as 2 da tarde.


E, para finalizar, já em Lausanne, ultrapassei uma família inteira carregando quase que a casa toda no bagageiro de suas bicicletas. E não estou falando de pai, mãe e um filho adolescente... eram os progenitores, 3 filhas que deviam ter entre 13 e 16 anos, e um moleque que não passava dos 11!!!


Devo ressaltar que fiz todo esse percurso com uma bike alugada, cujo aluguel custa ZERO francos, parte de um programa de incentivo a pedaladas da prefeitura de Genebra.


Esse tipo de programa está brotando como capim em todos os lados aqui na Europa, e é uma pena que no Brasil estejamos tão atrasados nesse assunto.


O ciclismo como esporte de massa é outro tema que merece um comentário.


Enquanto no Brasil a resposta mais provável a um comentário sobre a mais importante competição ciclística do mundo fica entre um ‘Tour de que???’ e um ‘Lance quem??’, por aqui o resumo da etapa do Tour de France passa diariamente na TV do Metro.


E não me refiro apenas ao povo, digamos, esportivamente ignorante (aparte o futebol, é claro, do qual todos somos experts). Nos cadernos de esportes dos jornais brasileiros, achar uma notinha sobre o Tour é difícil. Encontrar uma reportagem com foto, então, é um feito comparável a ganhar uma etapa de montanha escapado!


Aqui, os jornais põem chamadas enormes na 1a página, com uma imagem do êxtase do vitorioso na hora de cruzar a linha de chegada, e a multidão vibrando enlouquecida com aquele momento.


Tive a curiosidade de contar. Na Suíça, numa 5a feira, eram seis canais, de um total de 19, transmitindo ao vivo o Tour de France.


É, infelizmente, parece que ainda temos que dar muitas voltas nos pedivelas até que o ciclismo no Brasil possa tirar as rodinhas e pedalar livremente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ócio (muito pouco) ativo

Para não dizer que me entreguei totalmente ao ócio durante minha estada nas Ilhas Baleares, coloco aqui fotos das únicas atividades físicas que fiz nesses 12 dias, além das eventuais nadadas em mar cristalino e snorkeling. 

Aluguei uma bike muito furreca e dei um rolézinho de bike por Formentera (a ilha tem mais ou menos 20km de extensão) 


E tentei pela primeira vez o Stand-up Paddle, que mistura a remada da canoa com o equilíbrio do surf. Gostei muito! Só faltaram umas marolinhas pra o negócio ficar realmente divertido!




quarta-feira, 29 de julho de 2009

Islas Baleares

Depois de uns dias tranquilos na Suiça, pousei em Ibiza. Com tanta coisa pra fazer por aqui, ficou dificil manter os treinos e me entreguei a boa-vida de praia + festa. Nem tempo para escrever aqui estou tendo, entao até a semana que vem...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pedalando no percurso do TdF


Ontem sai do festival de Montreux e fui pedalando ate Verbier, assistir ao show do Contador.
Impressionante ver aqueles monstros subirem a mais de 25km/h uma rampa de 7,5%! Isso já com 200km nos cambitos!!!
Seguem as fotos...  

                                   Checando o percurso antes do pelotão passar.

Contador, prestes a vestir a amarelinha.
Armstrong fez força, mas não deu pra ele...

domingo, 19 de julho de 2009

Farinazzo vence a Badwater

Adventuremag - Marco Farinazzo vence a Badwater Ultramarathon em menos de 24 horas

E pensar que já estive competindo cabeça a cabeça com a equipe dele... É, tenho que admitir pra mim mesmo: era a EQUIPE. A dele abaixo do seu nível. A minha, acima do meu... ate porque nesse episódio eu tinha outro monstro do meu lado chamado Mauro Chasilew, também finisher da Badwater 2009. Valeu Maurao! Valeu Farina! Parabéns aos dois!

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Treinando enquanto viajo...

Tarefa difícil, mas nao impossível! Role por Genebra...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Montreux Jazz Festival


Estou em Genebra e acabo de voltar de duas noites no Montreux Jazz Festival! Fui para lá com expectativas altas, mas não esperava a diversidade de sons, comidas, e pessoas que encontrei ali: ao mesmo tempo que se pode ouvir (pagando) um grupo vocal no melhor estilo negão americano no palco principal, está rolando um forro pernambucano (grátis) no andar de baixo, e ainda tem uma big band atacando um jazz no parque ao lado. Isso sem falar no eletrônico da outra sala que so acaba as 5 da manha e para o qual também não se paga.


                                   Maracatu invadindo Montreux


Resumindo, tem pra todos os gostos e bolsos. E como a situação do meu não está das melhores, me estabeleci no camping da cidade ao lado, Vevey. Sorte a minha, pois ali me despertava com um visual de babar e pude curar os efeitos das cervejas a mais com uma nadada no Lac Leman.



No fim de semana volto para lá, mas ainda estou na dúvida se vou na 5a feira pra assistir ao Gui Boratto ou se vou a um festival numa cidade do lado francês do lago ver Groundation tocar. Eita dúvida boa... 

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Cuidado com os velhinhos!

No intervalo de uma semana, dois velhinhos mostraram que não estão para brincadeiras nesse mundo.

Kelly Slater, eneacampeão (juro que tive que buscar o termo no dicionário) mundial de surf, 37 anos, se recuperou de um início de temporada ruim e ganhou o Hang Loose Pro, em Santa Catarina, Brasil. Continua longe da liderança do circuito mundial, mas é bom abrir o olho!


O caso de Lance Armstrong é um pouco diferente. Ele também tem 37 anos e muitos títulos (7 TdF), porém pouca gente acreditava que fosse brigar pelo título do Tour de France depois de mais de 3 anos parado e, pior, após ter fraturado a clavícula faz pouco mais de 3 meses. Isso sem falar que veio para o Tour como companheiro de equipe de Contador, grande favorito ao topo do podium em Paris (e o atual campeão do Giro d'Italia e da Vuelta de Espanha, e ganhou o Tour em 2007). Teoricamente, deveria trabalhar para a vitória do espanhol.

No entanto, após 4 etapas disputadas, e com Lance dividindo a liderança do Tour com  Cancellara, a mídia especializada já está em polvorosa, prevendo um duro duelo entre os dois atletas da Astana pela camisa amarela nos próximos dias. Stay tuned...

                                    Armstrong, com cara de quem não voltou para brincar.

Cabe aqui um comentário sobre a 4a etapa do Tour, um contra-relógio (também conhecida como Team Time Trial) por equipes de 39km, muito técnico, e que nos brindou com momentos e imagens sensacionais! O TTT é sem duvida a etapa mais plástica do ciclismo, e ver como os atletas trabalham em equipe é estupendo. Parabéns a organização do TdF, que nos presenteou com esse tipo de etapa depois de 3 anos sem um TTT.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quando a esmola é demais...

Depois de fazer o Caminho de Santiago de bike, uma maratona urbana e uma meia de montanha em um intervalo de 5 semanas, todos com resultados superiores às minhas expectativas, estava me achando meio Super-Homem. Não sou. E meu joelho foi o responsável por me lembrar disso.


Síndrome do trato ílio-tibial no joelho direito. Lesão de nome difícil, mas de fácil identificação, especialmente se você já a teve em algum momento do passado.


Em mim, ela se manifesta como uma dor na parte externa e baixa do joelho,  logo acima da “cabeça” da tíbia. Começo a sentir um pequeno incomodo depois de 15 a 20 min de corrida, e, se continuo, piora um pouco mas não me impede de seguir correndo. O problema maior vem algumas horas depois, quando o joelho dói demais, principalmente para descer escadas.


Forcei a barra durante um tempo,  tentando manter corridas curtas e leves, mas não estava melhorando, então resolvi parar por um tempo e concentrar os treinos no pedal. Com isso, tive que desistir do Maraton Alpino Madrileno e de qualquer outra competição no futuro próximo.


Como já havia tido, faz 1 ano, esta mesma lesão no outro joelho, passei a questionar as causas dela (causas além do óbvio excesso de competições).  Opiniões, experiências e principalmente soluções são muito bem-vindas.

domingo, 28 de junho de 2009

Retro Abril/2009 – Meia Maratona de Montanha de Segovia





Já tinha essa prova na cabeça fazia algum tempo. Com 22km e 1300 metros de desnível positivo,  a corrida era um bate e volta ao Pico do Penalara, ponto mais alto da Sierra Norte de Madrid (2400m) e seria um bom treino para o meu objetivo maior no semestre: o Maraton Alpino Madrileno, com 42km e 5000+ m de desnível positivo.


Fiquei esperando a Maratona de Madrid passar para avaliar se agüentaria fazer a meia apenas 2 semanas depois, e foi ai que começaram os erros que me levariam a lesão da qual o próximo post vai falar.


Três dias depois da maratona as dores musculares e no joelho diminuíram. Achei que dava e fiz a inscrição... No dia seguinte, me apareceu uma dor no pé que identifiquei com facilidade: tendinite. Preocupado, resolvi suspender completamente os treinos de corrida até a prova de Segovia e “ver no que dá”.

Depois de alguns problemas para chegar na largada (não havia vagas em hotéis, e nem meios de transporte que me levassem até a largada a tempo), peguei um trem, consegui uma carona e  larguei no horário previsto.


O percurso teve que ser alterado pela quantidade de neve na parte alta da montanha, mas nem por isso a prova ficou menos bonita ou dura. Estaria perfeita se não fosse o meu desempenho sofrível a partir da metade da subida. Admissível, se considerarmos a falta de treinos específicos (em Madrid não há montanhas) e a maratona recém completada.


Impressionante era ver os líderes da prova descendo enlouquecidos, com os joelhos já bastante ralados, e tomando tombos incríveis, que pareciam não sentir.

Na descida consegui recuperar um bom numero de posições e ainda tive gás para um duelo particular com um outro atleta nos últimos 2km da prova. Cruzei a linha de chegada com 2h39min e acabei ficando com a posição.


Parabéns aos organizadores, que nos presentearam com subidas duras, lama, córregos de degelo,  terreno de alta montanha, e neve pelas canelas. Enfim, tudo que uma prova assim deve ter.


Reportagem bem legal sobre a prova: http://www.youtube.com/watch?v=heqza0F4z1c





sábado, 13 de junho de 2009

Reproduzindo...

Reproduzo aqui um e-mail que recebi do Bruno Simão, camarada la de BH, com o video da queda do Menchov no Giro d'Italia. Explicação abaixo:

"Explicando:

Esse ano teve o Centesimo Giro de Italia, uma volta na Italia de 3500 km em 20 dias. Uma das Mais famosas competicoes do mundo!

Esse ciclista do filme é um Russo e estava liderando a prova e vestindo a camisa rosa de lider até a 20a etapa, última, que era um contra relógio de apenas 15km em Roma.

Contra relógio é quando sai um por um e vence quem faz o melhor tempo!  Como ele era o lider, ele tinha o direito de ser o último a largar.

Só que o segundo lugar, apenas 26 segundos atrás dele é um italiano, ídolo na Italia, Danilo de Lucca... E a Italia inteira tava secando o Russo ( Denis Menchov)

Aí ele tava indo muito bem e faltando 1 km, ele capotou no plano!!!!!! O país inteiro ficou em silencio

Só que em questão de segundos ele levantou, jogou um bike de 50 mil reais pro lado (a equipe dele já tinha preparado outra e ele continuou e venceu!!

Dizem que foi um dos momentos mais tensos da história do ciclismo... Kilometro final... 100 Giro de Italia... em Roma... Italiano em segundo..."


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Retro abril/2009 - Maratona Popular de Madrid

Depois de resolver os tramites burocráticos clássicos de véspera de prova, fui jantar risoto de tomate seco com postas de salmão, em casa mesmo, até porque a situação está russa, e não me permite esses luxos gastronômicos em restaurantes. Como véspera de prova importante é sempre uma caixinha de surpresas, algo tinha que acontecer: engoli uma espinha de peixe que ficou “fincada” na minha garganta. Água pra levar na enxurrada, risoto pra levar na avalanche, miolo de pão pra seguir os conselhos da vovo. Tentei de tudo...e nada!


O jeito foi ir para o hospital e tira-la de maneira mais científica.  Minha sorte foi que não demorou muito e as 2 da manha eu já estava indo dormir.


Na manha de domingo fazia bastante frio (6 graus) e caia uma chuva fina. Exagerei na vestimenta e tive que carregar um monte de coisas até encontrar com a Sandrinha, que foi me dar uma forca, ali pelo km 17.


Contrário do que parecia que ia acontecer, na prova tudo correu bem... Sai um pouco mais forte que havia planejado e passei no km 6 uns 2 minutos abaixo do previsto. Daí em diante acertei o ritmo e segui bem, passando a meia maratona para 1h49min. Mantive um ritmo relativamente confortável, com o objetivo de não encontrar nenhum muro no meu caminho, nem tampouco o famoso urso do km 34.


Quando cheguei ao 35o km,  apesar de já um pouco cansado, me sentia bem e resolvi tentar forçar um pouco o ritmo até o fim da prova, mesmo sendo um trecho de subida. Encaixei um 5 min/km  (o planejado pro trecho era algo em torno de 5:45 min/km) e cruzei a linha de chegada de minha primeira maratona com 3h35min17seg, 13 minutos abaixo do que eu havia planejado.


As conclusões foram que uma maratona realmente é uma prova dura e deve ser respeitada. No entanto, não é a monstruosidade que tantos dizem. Percebi que é possível termina-la abaixo das 3h25min, e essa é minha meta para a próxima. Paris 2010, quem sabe...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Retrospectiva abril/09 - Treino para a Maratona de Madrid

O treinamento para a Maratona de Madrid começou na segunda semana de janeiro, o que me dava 15 semanas  para me preparar. Parecia suficiente, mesmo depois de 17 dias de férias na Itália, regada a vinho e quase sem nenhum esporte (exceto por 5 dias de snowboard nos Alpes). E acho que teria sido suficiente, não fossem 2 “imprevistos” que apareceram no caminho, e me fizeram duvidar um pouco do meu condicionamento no dia da prova.


O primeiro furo no planejamento ocorreu por um bom motivo, o carnaval do Rio de Janeiro. Depois de 6 meses morando em Madrid, tive uma (merecida) semana de festa e nada de treinos. Nem uma corridinha sequer.


O segundo também pode ser justificado: fiz o Caminho de Santiago de bike, o que acho que me deu uma boa “bagagem” para provas de fundo, pois pedalava aproximadamente 5 – 7h por dia, por oito dias seguidos. No entanto, me preocupava o fato de ter terminado o Caminho exatos (e apenas) 16 dias antes da maratona, e de ter-lo feito justo na semana que deveria ter alcançado meu pico de volume de corridas, incluindo ai um treino de 32km (o mais longo de todo o período de treinamento). Para piorar um pouco, no início do penúltimo dia do Caminho encontrei um grupo de ciclistas de Valencia e acabei seguindo com eles até Santiago em um ritmo acima do “confortável”, totalizando 120km nesse dia.


É interessante como funciona nossa cabeça quando estamos treinando sério para uma prova dura. Durante o Caminho de Santiago,  com a paranóia de não estar correndo no momento chave do treinamento, tentei sair para correr duas vezes depois de terminar o pedal. Na primeira fiz uns 12km, bem tranqüilos, e me senti bem. Na segunda, havia planejado fazer os 32km que ficaram faltando, ou chegar o mais próximo disso que conseguisse. Para isso fiz só 40km de pedal nesse dia, e saí para correr. Agüentei 8km. Minhas pernas estavam arrebentadas e me senti um pouco enjoado. Afinal, aceitei que estava fazendo uma idiotice forçando a barra, e desfrutei o resto do Caminho apenas pedalando.


Com esses contratempos, acabei  indo para a Maratona tendo como treino mais longo um 27km, feito 5 semanas antes da prova. Apesar da tentação de cometer mais uma idiotice, e tentar fazer um treino longo em algum momento depois do Caminho de Santiago para compensar os treinos perdidos, consegui resistir. 

quinta-feira, 28 de maio de 2009

UCI World Cup Mountain Bike Madrid


No último fim de semana rolou a 4a etapa da Nissan Mountain Bike World Cup de cross country aqui em Madrid. Para ser mais exato, no parque Casa de Campo, o quintal da minha casa no que se refere a treinos. Ali, eu remo, corro ou pedalo quase que diariamente. E é lógico que fui dar um confere nos melhores nomes dessa modalidade criada por Gary Fisher e seus amigos loucões ali nas montanhas californianas dos arredores de San Francisco.


Antes de comentar sobre a prova vale a pena deixar registrado aqui meu contato precoce com o mundo da MTB. E precoce não apenas porque eu apenas havia cruzado a fronteira  dos 6 anos de idade quando o Dr. Paulo de Biasi, vulgo meu pai, me levava para lhe assistir nas competições dessa modalidade, mas também porque isso tudo se passava em 1988/1989, período em que pedalar em trilhas íngremes e esburacadas ainda era uma novidade no Brasil. Não estou convencido se posso dizer que meu pai foi um dos pioneiros do MTB no Brasil, pois não sei, tecnicamente, quantos dos primeiros a fazer qualquer coisa podem ser classificados como pioneiros nela. Mas que ele estava ali desde o princípio, ele estava.

Voltando a 2009 e a Madrid, conto um pouco das minhas impressões sobre a prova masculina (a única que assisti completa). Com os tres medalhistas olímpicos de Beijing presentes, a disputa tinha tudo para ser quente. O percuso consistia em algumas voltas em um circuito de aproximadamente 7 km, rápido, e com subidas e descidas curtas, porém bastante íngremes.


Logo no início da competição Julien Absalon mostrou porque é bicampeão olímpico e tetra mundial. Assumindo a ponta junto com o o suíço Ralf  Naef. E juntos seguiram durante toda a prova, até a penúltima volta. Para surpresa do público presente, o suíço abriu a volta final aproximadamente 10 segundos na frente de Absalon, e parecia que estava com mais disposição e vontade. No entanto, o campeão olímpico tinha uma carta na manga, e acelerou na última volta para vencer a etapa com uma vantagem de 1 minuto sobre Naef.

Depois de sofrer críticas após quebrar feio (veja o video aqui: http://www.youtube.com/watch?v=XeWSyJ7ZPlg) no World Championship do ano passado (o francês esta calando a boca de muita gente, tendo conquistado a medalha de ouro em Beijing e o lugar mais alto do podium em 3 das 4 etapas realizadas até agora da UCI World Cup.


O Henrique Avancini representou as terras tupiniquins e obteve a 73a posição.

Resultado:

Julien Absalon (França): 1:44:32

Ralph Naef (Suíça): + 1:06

Moritz Milatz (Alemanha): +1:59


Neste fim de semana acontecem 2 eventos imperdíveis pra quem e fa de triathlon: a etapa de Madrid do circuito mundial ITU, outra vez em Casa de Campo (infelizmente não poderei acompanhar a prova pois estou indo para um congresso em Florença) e o Ironman Brasil, em Floripa. 

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ajuda!

Eh chegada a hora de começar o planejamento das ferias.
Posto aqui minha ideia inicial (ainda a ser refinada) e aguardo as sugestões, conselhos e opinões de vocês (além disso também aceito casas de amigos com "quarto de hospedes").  Ai vai:

10/7 - Voo para a Suiça (Genebra).
2 semanas na Suiça - Festival de Jazz de Montreux, viagens curtas de bike, camping nos Alpes.

25/7 - Deixar Genebra. De bike.
Chegar a costa por Genova.
Seguir a costa com direcao a Espanha.
Festas na Cote d'Azur. Pedal pela costa. Mergulho no Mediterraneo pra tirar o ranço. 
Camping ilegal em um praia do caminho.

19/8 - Chegada de bike em Barcelona. 1300km. Chega de bike.
Amigos. Praia. Festa.

25/8 - A duvida. Ibiza?! Pedal ate Valencia, passando por Tarragona?!
??????

31/8 - Chegada a Madrid. 
Trabalho.

05/9 - Voo rumo a Viena.
Congresso. Apresentação. Festa.

11/9 - Rumo a Croacia.
Camping. Praias. Camping em praias.

22/9 - Corrida de Aventura Terra Incognita ou mais festa na Grecia???

28/09 - Voo a Paris.
Aulas. 
R.I.P.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tudo no Maximo!

Pra começar, ja digo logo que não sei no que isso vai dar.

A ideia de criar este espaço surgiu da constatação de que não tenho muito tempo pra ficar mandando as noticias daqui do outro lado da poça individualmente e com uma frequência razoável e de, apesar da escassez de tempo, ter encontrado blogs que de certa forma me inspiraram. Recomendo uma olhada em aventurasasolo.blogspot.com e adinamicadopedal.blogspot.com, 2 blogs portugas bem legais pros amantes da endurance.

Vou tentar atualizar com tudo de interessante que acontecer por aqui, retrospectivamente a abril/09, já que o ultimo mês foi repleto de novidades.

Alem disso, vou tentar postar aqui meus treinos (se meu joelho deixar que eles aconteçam), já que as chatas da Camila e da Mirian não param de fazer perguntas sobre isso (brincadeira chicas, amo vocês!) e fazer comentários sobre provas legais que estão rolando e que eu acompanhar. Conclusão: melhor não levar essa parte do blog muito a serio, porque vem muita besteira por ai...

Ah, e não posso deixar de dar os créditos do nome pra quem lhe é de direito: Super Carla! Esmagadora do Baixo Astral!!